terça-feira, 10 de abril de 2012

Quem eram os Nicolaítas?

Subsídio para a Lição 03 da EBD (CPAD): Éfeso, a Igreja do Amor Esquecido




TEXTO BASE: Ap 2.6
Mas vocês têm a seu favor isto: odeiam o que os nicolaítas fazem, como eu também odeio. (Nova Tradução na Linguagem de Hoje)

INTRODUÇÃO:
Nikh = vitória (no sentido de dominar)
laos = ...o povo peculiar (de Israel ou Cristãos); gente, multidão;...do Século IV em diante, às vezes se refere ao leigo (conforme o grego moderno "laikos"= leigo, no sentido de povo comum)
Portanto, o nome Nikolaitwn (nicolaítas) composto destas duas palavras tem o sentido de "vitória sobre o povo" ou "os que dominam o povo".

A ORIGEM


Os nicolaítas não podem ser encontrados na história da igreja. Uma vez que Apocalipse é um livro de profecia, ainda devemos atentar para o significado da palavra. Nicolaítas, portanto, refere-se a um grupo de pessoas que se auto-avaliam muito acima dos crentes comuns. O Senhor odeia o comportamento dos nicolaítas. A conduta de elevar-se sobre e acima dos crentes comuns como uma classe mediadora é o que o Senhor detesta; é algo para ser odiado. Mas, naquela época havia somente o comportamento; este ainda não se havia tornado um ensinamento.
Esta era uma heresia que se formava já no fim da era apostólica, com os falsos mestres deturpando a Pureza da Doutrina de Cristo e seus Apóstolos. A doutrina nicolaíta concebeu a idéia de uma casta especial e superior na Igreja, ou seja, o chamado Clero. Indo além, formou-se a idéia de uma hierarquia eclesiástica dentro deste mesmo clero. Há uma grande probabilidade, lógica e historicamente, de que estes nicolaítas, dos quais muito pouco se sabe, sejam os formadores do pensamento Católico Romano e, portanto, seus antecessores. Eles estavam, no final do séc. I, infiltrados nas igrejas de Cristo como podemos ver no texto base. Evidentemente, este desejo de EXERCER PODER SOBRE O POVO, disseminou entre muitos homens de liderança nas igrejas, movidos pelo instinto carnal de DOMÍNIO, pela soberba e pela torpe ganância de posição e riquezas. Especialmente entre os pastores das grandes igrejas, nos grandes centros, com congregações numerosas, tornava-se uma tentação estabelecer uma ostentação de poder sobre o rebanho e outros pastores de rebanhos menores. Eis o porque de estabelecer-se o "centro da igreja" e o "trono do Papa", como o maioral e chefe máximo do Catolicismo em Roma. Sendo ela a capital e maior centro urbano de sua época, Roma permitia a que seus pastores nutrissem uma imagem de mais poderosos e importantes que os demais. É claro que, com o apoio de Constantino (no começo do séc. IV) definitivamente o Bispo de Roma conquistou esta supremacia. Não fora o Nicolaísmo, não existiria o erro de uma IGREJA UNIVERSAL, com sede em algum lugar. Nem mesmo a primeira Igreja, formada por Jesus pessoalmente, em Jerusalém, tinha autoridade sobre as demais. Veja em Atos 15, a postura da Igreja de Jerusalém com relação a Antioquia, como mãe que exorta a seu filho INDEPENDENTE num momento de necessidade, mas não considera justo lhe impor nada.
Os efésios não vacilaram em questões doutrinais, porquanto permaneceram fiéis aos ensinamentos da Palavra de Deus. Ainda que Jesus tenha censurado os membros da igreja de Éfeso, pastoralmente os enaltece, elogiando-os por sua fidelidade à sua Palavra. Fizeram oposição aos falsos apóstolos e despacharam esses homens perversos de seu meio (v. 2). Agora Jesus insere que os crentes efésios odiavam as obras dos nicolaítas, e acrescenta que ele odeia igualmente essas obras. Note que o ódio é direcionado para as obras, não para pessoas. Jesus odeia o pecado, porém estende seu amor para o pecador. Enquanto o pecado é uma afronta à sua santidade, a missão de Jesus é conduzir os pecadores ao arrependimento (Lc 5.32).

Quem eram os nicolaítas? Três opiniões sobre esta pergunta se restringem ao campo das conjeturas, porquanto no Apocalipse os detalhes são escassos. Primeiro, na igreja primitiva Irineu ensinava que os nicolaítas eram seguidores de Nicolau, um convertido ao judaísmo que fora designado diácono (At 6.5).1 Em segundo lugar, outros vêem tais pessoas como sendo gnósticas, seita que procurava infiltrar-se nas igrejas.2 Por último, com base na exegese, ainda outros asseguram que os nicolaítas eram pessoas que seguiam os ensinamentos dos falsos apóstolos e de Balaão. Esse pressuposto desfruta de mérito, pois em estilo tipicamente hebraico João escreve na forma de paralelismo para realçar um ponto. Os falsos apóstolos buscavam escravizar a mente das pessoas com suas doutrinas enganosas; os seguidores de Balaão tentavam conquistar pessoas através da fraude; e o nome grego, Nikolaos, significa “ele conquista pessoas”. À guisa de comparação com o que se diz sobre os seguidores de Balaão (2.14) e de Nicolau (2.6, 15), presumimos que esses enganadores pertenciam ao mesmo grupo. Não obstante, admito que não há certeza sobre este ponto. Em vista da ausência de informação nas cartas às igrejas de Éfeso e de Pérgamo, só podemos conjeturar que o estilo de vida dos nicolaítas se caracterizava pela imoralidade, pela participação em comer alimento oferecido aos ídolos e pela perversão da verdade (2.14-16).

Os cristãos de Pérgamo e de Tiatira se digladiavam com as mesmas doutrinas e estilo de vida fraudulentos (2.14-16, 20-24). Não obstante, nessas igrejas muitos sucumbiram ante as fascinações dos intrusos e, subseqüentemente, receberam palavras de repreensão por seu fracasso em seguir Jesus.

OS CUIDADOS:
Sendo assim, nosso papel como Ministros de Deus, seja Missionário, Evangelista, Professor (mestre), Pregador, Diácono ou Pastor, é o de SERVIR e não permitir que a síndrome de Lúcifer se aposse de nós, fazendo com que presumamos de nós, mais do que realmente somos. Liderança é necessária para que haja organização, ordem, decência e, principalmente edificação, seja na Igreja ou em encontros de várias igrejas, jovens, e mesmo de pastores e obreiros. Mas nunca deve haver o pensamento de buscar o primado ou a superioridade entre os demais ( Lucas 22.26). Isto estraga a comunhão, prejudica o aprendizado e a edificação dos participantes. Não sejamos como Diótrefes, um exemplo bíblico de nicolaíta que, buscando o primado, tantos males causou (III João 9-10).

OS NICOLAÍTAS MODERNOS


A apostasia está chegando a galope e estou cada vez mais assustado, pedindo que Deus nos livre de cair nesse engodo que tem penetrado na Igreja, onde 90% dos pastores já deixaram de pregar realmente a Palavra santa, pela qual todos nós seremos julgados (João 12:48). Todos eles estão sofrendo a influência de certos autores modernos, que em sua maioria se escondem sob uma capa da cultura bíblica, mas que, na realidade, são escravos da psicologia humanista, tendo como verdadeira religião o liberalismo predominante no mundo e, infelizmente, também na Igreja.

Os membros subalimentados na Palavra de Deus deixam suas denominações e voltam ao Catolicismo Romano, cuja organização sacerdotal jamais dormiu em serviço.

O que se vê agora na Igreja Evangélica é um governo nicolaíta predominando, um tipo de governo que Jesus detesta. Os pentecostais (e as denominações mais tradicionais) copiaram isso do Romanismo e a Igreja do Senhor engrenou na estrada da apostasia, voltando ao redil do papa, quando não publicamente, mas na maneira de agir e pregar suas doutrinas espúrias.

Vamos a explicação sobre o que seja exatamente um governo nicolaíta. Vamos dar uma explicação conforme o artigo “The Two Churches”, do site “Letusreason”, traduzido eletronicamente por programas especializados.

“Jesus disse à Igreja de Pérgamo: ‘Isto diz aquele que tem a espada aguda de dois fios: Conheço as tuas obras, e onde habitas, que é onde está o trono de Satanás; e reténs o meu nome, e não negaste a minha fé, ainda nos dias de Antipas, minha fiel testemunha, o qual foi morto entre vós, onde Satanás habita. Mas algumas poucas coisas tenho contra ti, porque tens lá os que seguem a doutrina de Balaão, o qual ensinava Balaque a lançar tropeços diante dos filhos de Israel, para que comessem dos sacrifícios da idolatria, e se prostituíssem. Assim tens também os que seguem a doutrina dos nicolaítas, o que eu odeio. Arrepende-te, pois, quando não em breve virei a ti, e contra eles batalharei com a espada da minha boca’. (Apocalipse 2:12-16).

Já vimos que o vocábulo nicolaíta é composto de duas palavras: ‘nicao’, que significa ‘vencedor’ ou ‘conquistador’, e ‘laos’, que significa ‘laicato’, ou governo do povo. Portanto, nicolaíta é alguém que governa sobre o povo comum. Hoje em dia temos os nicolaítas (dentro da Igreja), aos quais se dá autoridade para governar as pessoas. Acontece, então, um sistema de duas classes, no qual a uma determinada pessoa do grupo é dada maior autoridade e preeminência sobre os crentes. Os nicolaítas governam os crentes de maneira não bíblica, alguns crentes sujeitando-se de má vontade, e outros, voluntariamente. Assim como os católicos têm o seu sacerdócio, agora, os carismáticos têm os seus profetas e apóstolos. Os membros das igrejas carismáticas vivem buscando receber a unção do Espírito Santo e as revelações do seu pregador ‘ungido’. Esses nicolaítas ensinam que precisamos chegar até eles, a fim de recebermos bênçãos. Os nicolaítas originais constituíam uma seita gnóstica. Esta fonte é indicativa do que está hoje acontecendo no Cristianismo”... E do que sempre aconteceu no Catolicismo Romano.


Em Cristo.

Um comentário:

marcelo disse...

isso é verdade...realmente é isso...
ninguem quer ouvir a veerdade