terça-feira, 3 de julho de 2012

Eleições 2012 - Tempo de Renovação. Tempo de Mudar




Quanto mais estudo a história do envolvimento político cristão e a realidade global dos evangélicos na política contemporânea, mais convicto me torno de duas coisas. Uma é a relação entre a atuação política evangélica e os outros aspectos da realidade eclesiástica, pois a longo prazo o envolvimento político sadio é imprescindível para a saúde da própria igreja, assim como para o bem da sociedade. A outra é a importância do caso brasileiro, pois a comunidade evangélica brasileira é a segunda maior do mundo. Seu bom exemplo na política seria muito útil para contrabalançar o desastrado engajamento político da direita cristã nos Estados Unidos, que tem prejudicado o nome de “evangélico” no mundo inteiro.

No entanto, na Europa muitas pessoas acreditam que o crescimento evangélico em vários países do Terceiro Mundo é tão perigoso para a política quanto o crescimento do fundamentalismo islâmico. Com todas as suas falhas, a política evangélica no Brasil desmente isso e aponta para outro futuro. O envolvimento político evangélico no Terceiro Mundo, em certo sentido “liderado” pelo Brasil, não é irmão gêmeo do radicalismo islâmico, nem cópia da direita cristã norte-americana. Ele vem escrevendo uma outra história.

Quase sempre a imprensa e alguns políticos criticam a campanha de candidatos ou políticos evangélicos porque estes estariam “misturando religião e política” e ameaçando a separação entre Igreja e Estado. É verdade que as explicações dos candidatos nem sempre ajudam a esclarecer. Mas não devemos acompanhar a música do laicismo militante que deseja excluir Deus e a religião da praça pública.

Podemos não concordar com as políticas deste ou daquele candidato e até achar que sua conversão foi oportunista, mas não devemos combatê-lo de tal forma a deslegitimar a razão da nossa própria participação política. A política não deve ser meio de fortalecer uma religião em detrimento de outras, mas dizer que a religião em si nada tem a ver com a conduta da política é lógica e historicamente falso.

Em torno dos candidatos e políticos evangélicos há líderes e membros de igrejas com uma expectativa “messiânica” de que aquele candidato evangélico canalizará automaticamente as bênçãos de Deus sobre o Brasil, resolvendo todos os problemas que nos afligem. Esse messianismo é muito perigoso, para o país e para a Igreja. Ao contrário do que muitas vezes se afirma, a última parte do homem a se converter não é o bolso, é o fascínio pelo poder.

É verdade que houve um avanço inegável no meio evangélico em relação ao envolvimento e à prática política. Ainda assim, nem sempre é possível recomendar os modelos de atuação política mais visíveis.

A fé cristã é, ao mesmo tempo, utópica e bastante realista. A solução para os problemas políticos é sempre política. A solução para a má política é a boa política, e para a má espiritualidade é a boa espiritualidade. Não precisamos fugir para outro campo, porque o Deus bíblico está em todas as áreas da vida humana.

Trazendo essa realidade para nossa cidade de Mossoró, historicamente temos tidos algumas decepções com os “representantes do povo de Deus” eleitos sempre com práticas não muito legítimas e não dando nenhum testemunho de verdadeiros filhos de Deus.

No entanto queridos leitores, estamos em um ano eleitoral e agora que todas as convenções já foram realizadas e os registros das candidaturas estão sendo efetivadas, é hora de analisarmos os desempenhos dos nossos representantes. Devemos lembrar que no próximo dia 07 de Outubro, estaremos exercendo nosso direito de cidadão e escolheremos o novo Poder Executivo e um novo Poder Legislativo.

Como crentes deveremos escolher nossos representantes analisando as propostas e principalmente as condutas dos diversos candidatos. Devemos lembrar que as trevas nunca andará com a luz. É tempo de mudança. É tempo de renovação.

Se seu representante tem envergonhado o evangelho e através de sua conduta tem até escandalizado a igreja, devemos trocá-lo. Vamos dar um tempo (de no mínimo 4 anos) para esses pseudo políticos evangélicos repensarem suas condutas e voltarem à Cristo.

Devemos trocar os maus políticos evangélicos e nunca deixar de votar nos bons. Pois só assim poderemos ter garantido alguns direitos e ter defensores dos bons projetos.

Posso garantir que nesse leque de novos candidatos evangélicos, conheço alguns que merecem a nossa confiança e nosso voto. Devemos depositar nesses irmãos a nossa esperança de ter um verdadeiro representante do povo de Deus. Em Mossoró teremos também nosso representante evangélico.

Posso descrever o perfil de um homem sério e acima de tudo temente a Deus que confio e que depositarei nele o meu voto e minha esperança de ter um verdadeiro evangélico na Câmara Legislativa: ele é filho e genro de pastores reconhecidamente homens de excelente índole; homem responsável em suas tarefas administrativas dentro da igreja; temente e fiel a Deus; homem casado e pai de família; fiel à doutrina da igreja.

Por obediência à legislação eleitoral, não direi o nome desse irmão. Porém, logo que seja permitido, divulgarei o nome do nosso futuro representante no Poder Legislativo em Mossoró.

Esperemos e em breve voltarei a falar mais desse irmão.



PS.: Não sou cabo eleitoral de nenhum candidato nem tenho autorização para falar em nome de ninguém. Apenas expresso minha opinião sobre os políticos evangélicos ou dos evangélicos políticos, como preferirem.



Em Cristo.


2 comentários:

Pastor Domingos disse...

Quanto a esse assunto eu pergunto: " A onde é que eu assino? rsrsr

Acabo de postar sua excelente reflexão " A Oração Modelo"

Pastor Edinaldo Domingos

Pr. Hermes Castro disse...

Caro Pastor Ednaldo, obrigado pelas suas palavras. Não mereço toda essa consideração. Sou apenas um admirador do seu trabalho e tenho buscado me espelhar em você.

Em Cristo.