Jonas — A Misericórdia Divina
TEXTO ÁUREO
"E Deus viu as obras deles, como se
converteram do seu mau caminho; e Deus se arrependeu do mal que tinha dito lhes
faria e não o fez" (Jn 3.10).
VERDADE PRÁTICA
O relato de Jonas ensina-nos o quanto Deus ama e está pronto a perdoar
os que se arrependem.
HINOS SUGERIDOS 396, 406, 414
LEITURA
DIÁRIA
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Segunda - Sl 85.10
Justiça e amor
no Calvário
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S
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Terça - Jr 31.3
A grandeza do
amor de Deus
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T
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Quarta - Lm 3.22
As
misericórdias de Deus
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Q
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Quinta - Mt 12.39,40
O profeta
Jonas como figura de Cristo
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Q
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Sexta - Lc 11.32
O exemplo dos
ninivitas
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S
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Sábado - Lc 15.28-30
A "justiça"
do irmão do filho pródigo
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S
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2 Reis 4.1-7
INTERAÇÃO
Nínive era
absolutamente odiada pelos judeus. Como capital do império assírio, ela
representava a maldade, a crueldade, a impiedade e agudeza de um império
perverso. Mas o Altíssimo, cheio de
graça e amor, volta seu olhar para aquela cidade impenitente e decide
enviar-lhe o profeta Jonas. O profeta, sabedor de toda maldade praticada
pelos ninivítas, resistiu ao chamado divino. Entretanto, Deus estava no
controle e não demorou para que o
profeta fosse até Nínive levar a mensagem de salvação.
Jonas aprendeu
uma extraordinária lição a respeito do grande amor e misericórdia de Deus.
Não podemos nos esquecer que a mensagem da salvação é para toda a
humanidade.
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Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Explicar o contexto histórico, a estrutura e a mensagem do livro de Jonas.
Conhecer o atributo da misericórdia divina..
Conscientizar-se da perenidade da misericórdia Deus.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor,
para introduzir o primeiro tópico da lição, reproduza o esquema abaixo.
Explique para a turma que o livro de Jonas destaca as duas principais
chamadas de Deus na vida do profeta. Na primeira, ele desobedece e sofre as
consequências. Na segunda, ele ouve ao Senhor e lhe obedece.
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A CHAMADA DE JONAS
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Primeira chamada (1.1 — 2.10)
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• 1.1,2
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Chamada de Jonas: “vai à Nínive”.
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• v.3
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Desobediência de Jonas.
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• vv. 4-17
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Consequências da desobediência de Jonas: para os outros (4-11);
para si mesmo (12-17).
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• 2.1-9
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A oração de Jonas no meio da calamidade.
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• v. 10
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O livramento de Jonas.
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Segunda chamada (3.1 — 4.11)
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• 3.1,2
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Chamada de Jonas: “vai à Nínive”.
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• vv.3,4
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A missão obediente de Jonas
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• vv.5-10
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Resultados da obediência de Jonas: os ninivitas se arrependem (vv.5-9);
os ninivitas poupados do juízo divino (v.10).
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• 4.1-3
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A queixa de Jonas.
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• vv.4-11
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A repreensão e a lição de Jonas.
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INTRODUÇÃO
A história de Jonas, que fascina crianças e adultos, é mais conhecida
por narrar a experiência do profeta no ventre do grande peixe. No entanto, esse
acontecimento não deve ofuscar o milagre maior: a conversão de uma cidade pagã.
Os dois milagres foram mencionados pelo Senhor Jesus e continuam a impressionar
ao longo da história.
I. O LIVRO DE JONAS
1. Contexto histórico. Salta aos olhos de
qualquer leitor que Jonas é da época do império assírio, cuja capital era
Nínive. O nome do rei ninivita impactado com a pregação de Jonas, segundo se
diz, é Adade-Nirari III, falecido em 783 a.C. Nessa época, Jeroboão II, filho
de Joás, reinava em Samaria, sobre as dez tribos do Norte.
2. Vida pessoal. Jonas se apresenta apenas como filho de
Amitai (1.1). Ele é mencionado em
outras narrativas bíblicas e, por essa razão, sabe-se que era profeta do Reino
do Norte, natural de Gate-Hefer, tendo vivido na época de Jeroboão II (2 Rs 14.23-25). Gate-Hefer localizava-se na
terra de Zebulom (Js 19.13), nas
proximidades de Nazaré da Galileia.
Jonas, que deveria ir para Nínive clamar
contra esta cidade, desobedeceu à ordem divina, procurando fugir para Társis. É
o único profeta bíblico, do qual se tem notícia, que tentou resistir ao Senhor.
Ele seguiu em direção oposta. Társis, segundo Herodoto, é a mesma Tartessos, na
orla ocidental do Mediterrâneo, a sudoeste da Espanha, ideia aceita pela
maioria dos pesquisadores bíblicos. Será que Jonas não conhecia a onipresença
de Deus? (Sl 139.7-10)
3. Estrutura e mensagem. O livro contém 48
versículos distribuídos em quatro breves capítulos. Apesar de começar com
estrutura profética (1.1), a mensagem
é apresentada em estilo biográfico. Não deixa, contudo, de ser uma profecia da
história de Israel, ao mesmo tempo em que anunciam o ministério, a ressurreição
e a obra missionária de Cristo (Mt 12.39-41;
16.4). O tema principal do livro é a
infinita misericórdia de Deus e a sua soberania sobre todas as nações.
SINÓPSE DO TÓPICO (1)
O tema principal do
livro de Jonas é a inefável misericórdia de Deus e a sua soberania sobre as
nações.
1. Baleia ou grande peixe? Na Bíblia Hebraica e na
Septuaginta, o versículo 17 é
deslocado para o capítulo seguinte (2.1).
A língua hebraica não dispõe de termo técnico para "baleia". Essa
palavra é usada como resultado de uma interpretação tradicional que atravessou
séculos. As Escrituras Hebraicas empregam dag gadol, "grande
peixe", uma vez (1.17 ;2.1), e simplesmente dag, "peixe",
três vezes (1.17; 2.1,10).
A Septuaginta traduz ketei megalo por "grande monstro
marinho", e ketos por "monstro marinho", a mesma palavra
usada no Novo Testamento grego (Mt 12.40).
2. Interpretação. Não há indício algum no
texto para que ele possa ser interpretado como alegoria, ficção didática, mito,
lenda etc. Rejeitamos todas essas linhas de pensamento, pois o oráculo foi
entregue a Jonas no mesmo estilo dos outros profetas (1.1; Jr 33.1;
Zc 1.1). Além disso, o Senhor Jesus
Cristo, a maior autoridade no céu e na terra, interpretou o livro como
histórico, assim como históricos foram o ministério e a ressurreição do Mestre.
O Novo Testamento é a palavra final, e isso encerra qualquer questão (Mt 12.39-41; 16.4).
SINÓPSE DO TÓPICO (2)
Em relação ao texto de Jonas que fala sobre o "grande peixe",
não há indício algum para uma interpretação alegórica, mitológica ou
lendária.
1. A conversão dos ninivitas (3.8,9).
O curto relato
do livro de Jonas serve como prenúncio da graça salvadora para todas as nações
(Tt 2.11). Os ninivitas foram salvos
pela graça, pois "creram em Deus" (3.5)
e "se converteram do seu mau caminho" (3.10).
As obras foram consequência da sua fé no Deus de Israel.
2. O "arrependimento" de Deus. O arrependimento humano
é mudança de mente e de coração, de pior para melhor. Quando a Bíblia fala que
"Deus se arrependeu" (3.10),
parece confundir-nos um pouco, pois Deus é perfeito e imutável, não pode mudar,
nem alterar a sua mente (Ml 3.6). A
explicação para uma declaração como essa é a linguagem antropopática, um modo
de falar em termos humanos, ou se trata de uma questão de ordem exegética, que
é o nosso caso aqui. Quem mudou, na verdade, foi o povo, e nesse caso o perdão
é parte do plano divino (Jr 18.7,8).
3. Explicação exegética. O texto sagrado declara
que "Deus viu as obras deles, como se converteram do seu mau caminho"
(3.10a). O verbo hebraico aqui é
shuv, literalmente: "voltar-se, retornar", frequentemente usado para
indicar o arrependimento humano. A respeito do "arrependimento" de
Deus, que vem na sequência (3.10b), o
verbo é outro, naham, "ter pena, arrepender-se, lamentar, consolar, ser
consolado" (Gn 6.6; 1 Sm 15.11; Jr
8.18). Essas nuanças linguísticas podem ser confirmadas por qualquer
pessoa, ainda que não conheça uma única letra do alfabeto dessas línguas, com o
auxílio, por exemplo, da Bíblia de Estudo Palavras-Chave Hebraico e Grego
(CPAD).
SINÓPSE DO TÓPICO (3)
A misericórdia divina alcançou os ninivitas
segundo a graça do Deus Altíssimo.
1. Descontentamento de Jonas (4.1). Jonas foi bem-sucedido em sua missão.
Qualquer profeta de Israel, ou mesmo algum pregador de hoje, sem dúvida alguma
ficaria satisfeito com o resultado do trabalho. A Bíblia não revela a razão do
descontentamento de Jonas, senão o que o ele mesmo afirma, ao dizer que sabia
que Deus é "piedoso e misericordioso, longânimo e grande em benignidade e
que te arrependes [niham] do mal" (4.2b).
2. Jonas esperava vingança? O império assírio foi um
dos mais cruéis da história e tinha domínio sobre todo o Oriente Médio. Será
que Jonas esperava uma vingança como retaliação por terem os assírios
massacrado o seu povo? O certo é que, ainda hoje, há crentes que se incomodam
com o retorno à Igreja dos que se acham afastados do rebanho. Quem não se
lembra do irmão mais velho do filho pródigo? (Lc
15.25-32). Às vezes, a bondade divina incomoda alguns (Mt 20.15).
3. Compreendendo a misericórdia divina. A misericórdia divina é
um dos atributos que revela a natureza de Deus (Êx
34.6; Jr 31.3). O Senhor
poupou Nínive da destruição, prorrogou a sua ruína, e perdoou os seus
moradores. O próprio Jonas, na qualidade de desertor, também foi alvo da
infinita bondade de Deus.
A justiça humana é rápida para julgar, mas a
divina é longânima em perdoar.
Jonas transmite-nos uma importante lição prática. O relato em si mostra
a diferença abissal entre a bondade divina e a justiça humana. Aos ninivitas
Deus falou por intermédio de Jonas. Hoje, Ele fala através de Jesus, que
continua a salvar, a curar e a batizar com o Espírito Santo (Jo 14.16; At
4.12). Ele mesmo disse: "E eis que está aqui quem é maior do que
Jonas" (Mt 12.41- ARA). O Mestre
operou sinais, prodígios e maravilhas como nenhum outro antes ou depois dele, e
deu oportunidade de salvação a todos (At 10.38).
Mesmo assim, foi rejeitado pela sua geração (Jo
1.11). Por isso, lançou em rosto a incredulidade dos seus
contemporâneos e elogiou a fé dos ninivitas por haverem ouvido a pregação do
profeta e arrependido de seus pecados.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICOI
Subsídio Teológico
"Jonas
O livro de Jonas é diferente dos outros livros dos
Profetas Menores. Trata-se de uma narrativa bibliográfica das experiências do
profeta, e não de uma coletânea de mensagens proféticas. O tema prioritário
do livro é a graça soberana de Deus pelos pecadores, ilustrada na sua decisão
de reter o julgamento sobre os culpados, mas arrependidos ninivitas. Há
também uma lição teológica importante a ser aprendida observando as respostas
de Jonas a Deus. O retrato do autor de Jonas é altamente depreciativo. Os
padrões duplos de Jonas fizeram com que as suas ações lhe contradissessem os
credos de tom espiritual. Pelo exemplo negativo de Jonas, o leitor aprende a
não resistir à vontade e decisões soberanas de Deus" (ZUCK, Roy B (Ed.).
Teologia do Antigo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD. 2009,
p.467).
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VOCABULÁRIO
Antropopatismo: [Do gr. antropos,
homem; do gr. pathos, sentimentos] Atribuição de sentimentos humanos a
Deus. Figurativamente, encontramos várias expressões como esta: a ira de Deus,
o arrependimento de Deus, etc. Tais expressões foram usadas para que o ser
humano viesse a entender a ação divina na história sagrada. É uma forma de os
autores sagrados dizerem que o Criador do Universo não é indiferente ao que
acontece neste mundo; Ele age e reage de acordo com a sua justiça e santidade.
Deus não é um ser destituído de sentimentos. Só que, nEle, todos os sentimentos
são infinitamente perfeitos.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
ZUCK, Roy B (Ed.). Teologia
do Antigo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD. 2009.
SOARES, Esequias. O
Ministério Profético na Bíblia: A voz de Deus na Terra. 1.ed.
Rio de Janeiro: CPAD, 2010.
SAIBA MAIS
Revista Ensinador
Cristão
CPAD, nº 52, p.39.
EXERCÍCIOS
1. Qual o tema do livro de Jonas?
R. O tema do
livro é a infinita misericórdia de Deus e a sua soberania sobre todas as
nações.
2. De onde
veio a palavra "baleia" do relato de Jonas?
R. Do
resultado de uma interpretação tradicional que atravessou séculos.
3. Qual a
explicação quando a Bíblia afirma que "Deus se arrependeu"?
R. A
explicação para uma declaração como essa é a linguagem antropopática, um modo
de falar em termos humanos.
4. O que o atributo da misericórdia divina
revela?
R. Revela a natureza de Deus.
5.Qual a razão do descontentamento de Jonas
segundo ele próprio?
R. . Que Deus
é "piedoso e misericordioso, longânimo e grande em benignidade e que te
arrependes do mal".
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Em Cristo.
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