Joel - O Derramamento do
Espírito Santo
TEXTO ÁUREO
"E nos últimos dias acontecerá, diz
Deus, que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne; e os vossos filhos e
as vossas filhas profetizarão, os vossos jovens terão visões, e os vossos
velhos sonharão sonhos" (At 2.17).
VERDADE PRÁTICA
O Espírito Santo não veio ao mundo cumprir uma missão temporária, mas
guiar a Igreja até a vinda do Senhor.
HINOS SUGERIDOS 100, 290, 491
LEITURA
DIÁRIA
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Segunda - Is 44.3
O derramamento
do Espírito Santo
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S
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Terça - Mt 3.11
Jesus batiza
com o Espírito Santo
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T
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Quarta - Jo 14.16
O Consolador
está sempre conosco
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Q
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Quinta - Jo 14.26
O Espírito
Santo ensina a Igreja
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Q
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Sexta - At 2.4
As línguas e o
batismo com o Espírito Santo
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S
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Sábado - At 11.15,16
Os gentios e o
batismo com o Espírito Santo
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S
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Joel 1.1; 2.28-32
INTERAÇÃO
Quando o Espírito
Santo foi derramado sobre a Igreja, em Jerusalém, muitas pessoas ficaram
atônitas com o fenômeno, pois viram gente simples falando línguas totalmente
desconhecidas deles. Outros, no entanto, zombavam, afirmando que essas
pessoas estavam "cheias de mostos" ou "embriagadas".
Nessa ocasião, o apóstolo Pedro se levantou, junto dos demais apóstolos (At 2.14) e expôs sistematicamente os pontos
centrais da revelação de Deus através de Jesus Cristo. Ele evocou a profecia
de Joel a respeito do derramamento do Espírito Santo (At 2.15-21), e conclamou-os:
"Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo
para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo. Porque a
promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão
longe: a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar" (At 2.38,39).
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Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Explicar o contexto histórico, a estrutura e a mensagem do livro de Joel.
Compreender que o Espírito Santo é uma pessoa divina.
Saber que o livro de Joel é escatológico.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor,
utilize o quadro abaixo para introduzir a aula e explicar que o livro de Joel
pode ser dividido em duas partes. A primeira descreve a devastação de Judá
ocasionada por uma grande praga de gafanhotos e a comunidade. E a segunda, a
resposta de Deus a Israel e às nações.
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LIVRO
DE JOEL
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PRIMEIRA
PARTE
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SEGUNDA
PARTE
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A praga dos gafanhotos
e a
comunidade (1.1—2.17).
• A praga de
gafanhotos (1.1-4).
• Chamado à lamentação
(1.5-20).
• Grande alarme (2.1-11).
• Chamado ao
arrependimento (2.12-17).
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A resposta do Senhor a
Israel e às
nações (2.18—3.21).
• Compaixão pela
comunidade (2.18-27).
• Bênçãos para a
comunidade (2.28-32).
• Julgamento das
nações (3.1-17).
• Presença de Deus em
Jerusalém (3.18-21).
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INTRODUÇÃO
O Movimento Pentecostal, no início do século 20, colocou o livro de Joel em evidência, fazendo com que ele fosse conhecido como o "profeta pentecostal". Apesar disso, o anúncio da descida do Espírito Santo não é o tema predominante de seus oráculos. A maior parte de suas profecias fala da praga da locusta e do julgamento das nações no fim dos tempos.
I. O LIVRO DE JOEL NO CÂNON SAGRADO
1. Contexto histórico. Pouco ou quase nada se conhece sobre Joel e a sua época. As escassas informações baseiam-se em alguns lampejos extraídos de seu livro. Era profeta de Judá e seu pai se chamava Petuel (1.1). Isso é tudo o que sabemos de sua vida pessoal. Nenhum rei é mencionado em seu livro, dificultando a contextualização histórica. Ele é anterior a todos os profetas literários, pois tem-se como certo que escreveu suas profecias em 835 a.C. Trata-se da época em que Judá estava sob a regência de Joiada durante a infância de Joás (2 Cr 23.16-21). Isso explica a influência e a presença significativa dos sacerdotes no governo de Judá (Jl 1.9,13; 2.17). O templo estava em pleno funcionamento (Jl 1.9,13,14).
2. Posição de Joel no Cânon Sagrado. A ordem dos Profetas Menores em nossas versões da Bíblia é a mesma do Cânon Judaico e da Vulgata Latina, mas não é cronológica. Joel é o segundo livro, situado entre Oseias e Amós, mas na Septuaginta há uma diferença na ordem dos primeiros seis livros: Oseias, Amós, Miqueias, Joel, Obadias, Jonas.
3. Estrutura e mensagem. O oráculo foi entregue ao profeta por meio da palavra (1.1). São três capítulos, mas a sua divisão na Bíblia Hebraica é diferente: lá temos quatro capítulos, pois o trecho 2.28-32 equivale ao capítulo três, com cinco versículos, e o conteúdo do capítulo quatro é exatamente o mesmo do nosso capítulo três. São dois os temas principais: a praga da locusta (1.1-2.27) e os eventos do fim dos tempos (2.28-3.21). O assunto do livro é escatológico, com ameaças e promessas.
SINÓPSE DO TÓPICO (1)
O livro de Joel é uma obra escatológica
que contém advertências e
promessas divinas.
1. Sua personalidade. O Espírito está presente em toda a Bíblia, que o mostra claramente como uma pessoa e não como uma mera influência. Ele é inteligente (Rm 8.27), tem emoções (Ef 4.30) e vontade (At 16.6-11; 1 Co 12.11). Há abundantes provas bíblicas de sua personalidade.
2. Sua divindade. O Espírito Santo é chamado textualmente de "Deus de Israel" (2 Sm 23.2,3). Ele é igual ao Pai e ao Filho em poder, glória e majestade. Na declaração batismal, somos batizados também em seu nome (Mt 28.19; Ef 4.4-6). Isso significa que o Espírito Santo é objeto da nossa fé e da nossa adoração. Ele é tudo o que Deus é (1 Co 2.10,11).
3. Como uma pessoa pode ser derramada? Esta é uma das perguntas que alguns grupos religiosos fazem frequentemente com a finalidade de "provar" que o Espírito Santo não é Deus nem uma pessoa. Aqui, por duas vezes a palavra profética afirma "derramarei o meu Espírito" (2.28,29), o que é ratificado em o Novo Testamento (At 2.17,18). Ao longo da história, a divindade do Espírito Santo sempre encontrou oposição. Após o Concílio de Niceia, surgiram os pneumatomachoi ("opositores do Espírito") que, liderados por Eustáquio de Sebaste (300-380), não aceitavam a divindade do Espírito Santo.
4. Linguagem metafórica. O "derramamento" do Espírito Santo é a expressão que a Bíblia usa para descrever o revestimento de alguém com o poder do mesmo Espírito. Trata-se de uma metáfora, figura que "consiste na transferência de um termo para uma esfera de significação que não é a sua, em virtude de uma comparação implícita" (Gramática Rocha Lima).
Simbolizado pela água, o Espírito Santo lava, purifica e refrigera como reflexo de suas múltiplas operações (Is 44.3; Jo 7.37-39; Tt 3.5).
SINÓPSE DO TÓPICO (2)
O Espírito Santo é uma pessoa e não uma mera influência
1. Ponto de partida. A profecia do derramamento do Espírito Santo começou a ser cumprida no dia de Pentecostes, que marcou a inauguração da Igreja (At 2.16). O apóstolo Pedro empregou apropriadamente a expressão "nos últimos dias" (At 2.17) no lugar de "depois" (Jl 2.28a).
Não faz sentido algum, por conseguinte, afirmar que a efusão do Espírito Santo foi apenas para a Era Apostólica; antes, pelo contrário, começou com os apóstolos e continua em nossos dias. Era o ponto de partida, e não de chegada.
2. Comunicação divina. Deus disponibilizou recursos espirituais para manter a comunicação com o seu povo por meio de sonhos, visões e profecias, independentemente de idade, sexo e posição social (2.28b,29). Todavia, cabe-nos ressaltar que somente a Bíblia é a autoridade divina e definitiva na terra. Quanto aos sonhos, visões e profecias, são-nos concedidos para a edificação individual, e não podem ser usados para fundamentar doutrinas. A Bíblia Sagrada é a nossa única regra de fé e prática.
SINÓPSE DO TÓPICO (3)
A efusão do Espírito Santo começou com os
apóstolos e continua em nossos dias até a volta de Jesus
IV. O FIM DOS TEMPOS
1. Sinais. A profecia de Joel fala ainda sobre aparição de sinais em cima no céu e embaixo na terra, de sangue, fogo e colunas de fumaça, do sol convertendo-se em trevas e da lua tornando-se sangue (2.30,31). São manifestações teofânicas de Jeová para revelar a si mesmo e também para executar juízo sobre o pecado (Êx 19.18; Ap 8.7). Tudo isso o apóstolo Pedro citou integralmente em sua pregação (At 2.19,20). É de se notar que tais manifestações não foram vistas por ocasião do Pentecostes. A explicação é que se trata do começo dos "últimos dias".
2. Etapas. O primeiro advento de Cristo e o derramamento do Espírito Santo são eventos introdutórios dos "últimos dias" (At 2.17). Os sinais cósmicos acompanhados de fogo, coluna de fumaça etc., ausentes no dia de Pentecostes, dizem respeito à Grande Tribulação, no epílogo da história, "antes que venha o grande e terrível dia do Senhor" (Jl 2.31; At 2.20).
3. Resultado. A vinda do Espírito Santo, além de revestir os crentes em Jesus, resulta também em salvação a todos os que desejam encontrar a vida eterna. O apóstolo Pedro termina a citação de Joel com estas palavras: "Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo" (At 2.21). O nome "SENHOR", com letras maiúsculas, indica na Bíblia Hebraica a presença do tetragrama YHWH (as quatro consoantes do nome divino "Yahweh, Javé, Yehovah, Jeová"). O apóstolo Paulo citou essa passagem referindo-se a Jesus, e afirmando que o Meigo Nazareno é o mesmo grande Deus Jeová de Israel (Rm 10.13).
SINÓPSE DO TÓPICO
(4)
O livro de Joel é escatológico. Ele fala do
fim dos tempos a partir do derramamento do Espírito Santo nos últimos dias.
CONCLUSÃO
O derramamento do Espírito Santo inaugura a dispensação da Igreja, que, acompanhado de grandes sinais, faz do cristianismo uma religião sui generis. A Igreja continua recebendo o poder do alto e prossegue anunciando a salvação a todos os povos. Nisso, vemos a múltipla operação do Espírito Santo, revestindo de poder os crentes em Jesus e convencendo o pecador de seus pecados (At 1.8; Jo 16.7-11).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Histórico
"Joás, rei de Judá
[...] O verdadeiro descendente de Davi assentou-se
no trono, e reinou durante quarenta anos (835-796). Visto que ele tinha
apenas sete anos quando se tornou rei, ficou sob a tutela de Jeoiada, o sumo
sacerdote, cuja autoridade sobre o jovem monarca estendia-se ao ponto de
escolher suas esposas (2 Cr 24.3).
Os anos de apostasia sob Atália atingiram a vida religiosa da nação.
Particularmente grave era o fato de o templo e os serviços sagrados haverem
sido abandonados. Joás, já no princípio de seu reinado, decidiu reformar e
restaurar a casa de Yahweh (2 Rs 12.2,5). Portanto, incumbiu os sacerdotes e
levitas de saírem a todas as cidades e vilarejos de seu reino a fim de obter
as ofertas para a manutenção do templo.
Embora o apelo resultasse no acúmulo de fundos, a
obra tardou por alguma razão, e até o vigésimo terceiro ano de Joás (cerca de
814) não havia qualquer indício da obra. O rei Joás então ordenou ao sumo
sacerdote Jeoiada que providenciasse a construção de um gazofilácio ao lado
do grande altar, onde os sacerdotes depositariam as ofertas do povo. Um apelo
foi feito por todo o reino para que trouxessem suas ofertas ao templo; e com
alegria o povo ofertou (MERRIL, Eugene H. História de Israel no Antigo
Testamento: O reino de sacerdotes que Deus colocou entre as nações.
6.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, pp.384,86).
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BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
HARRISON, R. K. Tempos
do Antigo Testamento: Um Contexto Social, Político e Cultural. 1.ed.
Rio de Janeiro: CPAD, 2010.
MERRIL, Eugene H. História
de Israel no Antigo Testamento: O reino de sacerdotes que Deus colocou
entre as nações. 6.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.
SAIBA MAIS
Revista Ensinador
Cristão
CPAD, nº 52, p.37.
EXERCÍCIOS
1. Qual o assunto do livro de Joel?
R. O assunto
do livro é escatológico, com ameaças e promessas.
2. Em que
parte da Bíblia o Espírito Santo é textualmente chamado de Deus?
R. O Espírito
Santo é chamado textualmente de "Deus de Israel" em 2 Samuel 23.2, 3
e Atos 5.3, 4.
3. Qual o nome
do líder que após o Concílio de Niceia não aceitava a divindade do Espírito
Santo?
R. Eustáquio
de Sebaste.
4. Qual o significado do derramamento do Espírito
Santo?
R.O
"derramamento" do Espírito Santo é a expressão que a Bíblia usa
para descrever o revestimento de alguém com o poder do mesmo Espírito.
5.Quais sãos os eventos introdutórios dos
"últimos dias"?
R. O primeiro
advento de Cristo e o derramamento do Espírito Santo são eventos
introdutórios dos "últimos dias" (At
2.17).
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